Segundo André Luiz os “Centros Vitais ou Centros de Força” estão situados no “Corpo Espiritual ou Psicossoma” e funcionam como terminais através dos quais a energia é transferida de planos superiores para o corpo físico.
André diz que o “Psicossoma está intimamente regido por sete Centros de Força”, que se conjugam nas ramificações dos plexos, vibrando em sintonia uns com os outros, ao influxo do poder diretriz da mente.
Eles estabelecem, para nosso uso, um veículo de células elétricas, que podemos definir como sendo “um campo eletromagnético”, no qual o pensamento vibra em circuito fechado.
A palavra “Chakra” vem do sânscrito e significa “roda, disco, centro ou plexo”. Nesta forma eles são percebidos por videntes como vórtices (redemoinhos) de energia vital, espirais girando em alta velocidade, vibrando em pontos vitais de nosso corpo.
Os Chakras são pontos de interseção entre vários planos e através deles nosso corpo etérico (corpo espiritual) se manifesta mais intensamente no corpo físico. Há mais de cinco mil anos, os tibetanos, os Hindus (Vedas) já estudavam os Chakras.
3. Funções dos Centros de Força ou Chakras
O nosso “Corpo Espiritual” é regido por “sete Centros de Força”, dispostos desde a base da coluna vertebral até o alto da cabeça e cada um corresponde a uma das “sete glândulas” do corpo humano.
Vários estudos têm mostrado a existência, no períspirito, de discos energéticos (chakras), como verdadeiros controladores das correntes de energia, centrifugas (do espírito para a matéria) ou centrípetas (da matéria para o espírito), que aí se instalam como manifestações da própria vida.
Estes discos energéticos comandariam, com as suas “superfunções”, as diversas zonas nervosas e de modo particular o sistema neurovegetativo, convidando, através dos genes e do código genético, ao trabalho ajustado e bem ordenado da arquitetura neuroendócrina.
Num corpo saudável, todos esses vórtices giram a uma grande velocidade, permitindo que a energia (PRANA) flua para cima por intermédio do sistema endócrino.
Mas se um desses centros começa a diminuir a velocidade de rotação, o fluxo de energia fica inibido ou bloqueado e disso resulta o envelhecimento ou a doença.
Os Chakras são conectados entre si por um sistema de “Nádis” (sistema circulatório energetico na frequência do duplo etérico). Os Nádis conduzem e regulam o fluxo das energias “yin e yang” em espirais concêntricas.
Para os Hindus, os Nádis são sagrados, é por meio da “Sushumna” que o yogi deixa o seu corpo físico e entra em contato com os planos superiores e traz para o seu cérebro a memória de suas experiências.
3.1. Centro Coronário (Sahasra)
O “Centro Coronário” está situado na região central do cérebro. Na sede da mente, centro que assimila os estímulos do Plano Superior.
Segundo André Luiz, o Coronário é quem orienta a forma, o movimento, a estabilidade, o metabolismo orgânico e a vida consciencial da alma encarnada ou desencarnada.
O “Centro Coronário” está, sutilmente, ligado a “Glândula Pineal ou Epífise”, a glândula mais alta do sistema endócrino, situada bem no centro da cabeça, logo abaixo dos dois hemisférios cerebrais.
Este centro supervisiona os demais Centros Vitais que lhe obedecem ao impulso, procedente do Espírito. No Coronário temos o ponto de interação entre as forças do Espírito e as forças físiopsicossomáticas organizadas.
Na tradição hindu ele é conhecido como “Chakra da Coroa”, e está representado por uma flor de lótus de mil pétalas. Sua cor é violeta ou branco. Em sânscrito é “Sahasra”, e é através dele que recebemos a luz divina.
Do Coronário parte a corrente de estímulos espirituais com ação difusível sobre a matéria mental que o envolve, transmitindo aos demais Centros da alma os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações.
Tanto quanto esses mesmos centros, interdependentes entre si, imprimem semelhantes reflexos nos órgãos e demais implementos de nossa constituição particular, plasmando em nós próprios os efeitos agradáveis ou desagradáveis de nossa influência e conduta.
3.2. Centro Cerebral ou Frontal (Ajna)
O “Centro Cerebral” está situado na região central do cérebro, contíguo ao Coronário, com influência decisiva sobre os demais centros vitais.
Segundo André Luiz, ele governa o córtice encefálico na sustentação dos sentidos, marcando a atividade das glândulas endócrinas, administrando o sistema nervoso, em toda a sua organização, coordenação e atividade.
O “Centro Cerebral ou Frontal” está ligado a “Glândula Pituitária ou Hipófise”, e tem relação direta com diversos fenômenos de clarividência, intuição e percepções parapsíquicas.
Na tradição Hindu ele é conhecido como o “Chakra do terceiro olho”, por situar-se entre as sobrancelhas. Em sânscrito é “Ajna”, o Centro de Comando e sua cor é o Azul índigo.
É o Chakra da visão espiritual, da intuição, da percepção, da aprendizagem, do conhecimento, da síntese intelectual e da responsabilidade, pelo qual se aprende e se guarda na memória as informações.
3.3. Centro Laríngeo (Vishudda)
O “Centro Laríngeo” está situado em frente da garganta. É o responsável pela energização da boca, garganta e órgãos respiratórios. É o Centro da comunicação do ser humano no mundo.
O “Centro Laríngeo” está ligado a “Glândula Tireóide”. É considerado também como um filtro energético que bloqueia as energias emocionais, para que elas não cheguem até os chakras da cabeça.
Na tradição hindu ele é conhecido como “Vishudda”, o purificador. Quando bem desenvolvido, de forma geral, facilita a psicofonia e a clariaudiência e indica força de caráter e capacidade mental. Sua cor é o Azul claro.
Está ligado a sensibilidade mediúnica, que capta a criatividade vinda de outras consciências. Por isso os grandes iniciados sempre ensinaram sobre o silêncio, que capta a criatividade e melhora a expressão.
3.4. Centro Cardíaco (Anahata)
O “Centro Cardíaco” está situado no centro do peito e é responsável pela energização do sistema cárdio-respiratório. É considerado o canal de movimentação dos sentimentos.
O “Centro Cardíaco” está ligado a “Glândula Timo”. Bem desenvolvido, torna-se um canal de amor para o trabalho de assistência espiritual. Por isso é o centro mais afetado pelo desequilíbrio emocional.
Na tradição hindu ele é conhecido como “Anahata”. Seu nome significa o inviolável, o invicto, o som sutil do espírito imperecível. Cor verde (cura) ou Rosa (amor).
Quando ativado desenvolve todo o potencial para o amor altruísta. Quando enfraquecido indica a necessidade de se libertar do egoísmo e de cultivar maior dedicação ao próximo.
Este centro é, por excelência, o canal de toda transformação afetiva, em que o homem instintivo se transforma em espiritual. Todo amor, toda qualidade afetiva, todo idealismo por algo melhor está no Chakra do coração.
Toda cura, todo toque terapêutico e toda assistência espiritual vibra nesse centro. É um Chakra capaz de abraçar humanidades situadas em outros orbes.
Esse Centro é um sol peitoral que jamais poderá ser envenenado pelas péssimas vibrações da vingança.
O ódio gera uma energia viscosa e escura que adere no Centro peitoral como uma espécie de “piche consciencial”.
3.5. Centro Esplênico (ver considerações finais)
O “Centro Esplênico” está situado na altura do baço. É um dos responsáveis pela vitalização do organismo humano, absorvendo as energias vibratórias.
O “Centro Esplênico” é quem regula a circulação dos elementos vitais em todos os escaninhos do corpo, determinando as atividades do sistema hemático.
Ligam-se ao “Centro Esplênico” as entidades (vampiros) que visam sugar a energia vital da criatura, em um sentido subjetivo mas de resultados objetivos.
Responsável pelo funcionamento do baço, pela formação e reposição das defesas orgânicas através do sangue. É um dos responsáveis pela vitalização do organismo.
3.6. Centro Gástrico ou Plexo Solar (Manipura)
O “Centro Gástrico” está situado na região Abdominal, sendo o responsável pela digestão dos alimentos, pelas emoções e pelo metabolismo.
O “Centro Gástrico ou Plexo Solar ou Chakra Umbilical” é, por excelência, o centro das emoções inferiores, misturadas com o processo da alimentação normal. É um centro de grande vitalidade.
Quando muito energizado, indica que a pessoa é voltada para as emoções e prazeres imediatos. Quando fraco sugere carência energética, baixo magnetismo.
Está ligado ao “Pâncreas”, que é uma Glândula do sistema digestivo e endócrino. Bem desenvolvido, facilita a percepção das energias ambientais. Quando está bloqueado, causa enjôo, medo ou irritação.
Na tradição hindu seu nome é “Manipura”, que significa a cidade das jóias. Sua cor é o amarelo.
É um centro de grande capacidade ectoplásmica. E tem alta ressonância com as energias dos vegetais, com as energias da natureza em geral, o mar, o vento, etc.
3.7. Centro Genésico (Swadhistana)
O “Centro Genésico” está situado abaixo do umbigo sendo o responsável pela energização geral do organismo, por ele penetram as energias cósmicas mais sutis, que a seguir são distribuídas pelo corpo.
Na tradição hindu seu nome é “Swadhistana”, que significa a morada do “eu” ou a morada do sol ou ainda a morada do prazer. Sua cor é o laranja.
Quando o “Centro Genésico ou Sexual” está bloqueado causa impotência sexual ou desânimo. Quando está super excitado causa intenso desejo sexual.
Bem desenvolvido, estimula o melhor funcionamento dos outros Chakras e ajuda no despertar da Kundalini. É o Chakra da troca sexual e da alegria.
3.8. Centro Básico (Muladhara)
O “Centro Básico” está situado na área da base da coluna vertebral. É o responsável pela absorção da energia telúrica e pelo estimulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue.
Está ligado as “Glândulas supra-renais” e tem relação direta com os fenômenos bioenergéticos e parapsíquicos oriundos da ativação da Kundalini.
Na tradição indiana seu nome é “Muladhara” que significa base e fundamento, suporte. Sua cor é o vermelho.
Quando esse Chakra está enfraquecido indica distúrbios da sexualidade ou disfunções endócrinas. Quando muito energizado, indica excesso de hormônios, sexualidade exagerada.
4. Considerações finais
Toda pessoa que se lançou sobre os temas bioenergéticos esbarrou, de imediato, no estudo dos chacras. Uma das primeiras coisas que vemos a respeito do assunto é que existem “sete chacras principais” e é justamente nesse ponto que surge uma divergência.
Em alguns lugares veremos que os sete chacras principais são: Coronário, Cerebral (Frontal), Laríngeo, Cardíaco, Gástrico (Plexo Solar), Sexual (Genésico) e o Básico, e em outros lugares, ao invés do “Sexual teremos o Esplênico”.
No Ocidente, quem divulgou mais a questão do Chakra do “baço ou esplênico” foi Charles Webster Leadbeater. Entretanto, ele tinha vários problemas em relação à sexualidade que podem ter tido origem no fato dele ter sido reverendo.
Por esse motivo, ele suprimiu o estudo em cima do “Chakra Sexual” (dizia que era um centro perigoso para o desenvolvimento espiritual da pessoa) e colocou em seu lugar o “Chakra Esplênico”.
A partir dele, outros autores ocidentais tomaram a mesma postura, esquecendo-se de que o “Chakra do baixo ventre” não é meramente um “Chakra de ativação da energia sexual”.
Mas também um centro gerador de vida, pois é por sua ação (conjugada com o Chakra básico) que o feto é energizado e desenvolve-se e é também o controlador das vias urinárias.
Os Orientais não receberam essa mesma repressão sexual proveniente do Cristianismo; desta forma não hesitaram em classificar o “Chakra Sexual” como um dos centros de força principais e estudá-lo adequadamente.
É natural que nesse momento o leitor esteja questionando porque o Chakra principal é o Sexual, como dizem os orientais e não o Esplênico como dizia Leadbeater e a resposta para essa questão é bem simples.
Cada um dos chacras principais está ligado a uma glândula de controle.
O Chakra Coronário está ligado à Pineal, o Cerebral à Hipófise, o Laríngeo à Tireóide, o Cardíaco ao Timo, o Gástrico ou Umbilical ao Pâncreas, o Sexual aos Testículos (homem) ou Ovários (mulher) e o Básico, às glândulas Supra-renais, enquanto o Chakra Esplênico está ligado ao Baço, que não é uma glândula.
Não foi à toa que Leadbeater escolheu o “Chakra Esplênico para substituir o Sexual”. Ele tem uma função importante na questão da absorção de vitalidade para o corpo, sendo um repositor energético que ajuda o Chakra Cardíaco a distribuir a energia pela circulação do sangue e é através dele que penetra uma parte da energia do ambiente.
Bem desenvolvido, favorece a soltura do duplo etérico e, conseqüentemente, o desenvolvimento da mediunidade, bem como a soltura do psicossoma em relação às projeções da consciência.
Fonte: texto extraído do site http://www.harmoniaespiritual.com.br/
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